O Ornitorrinco é um mamífero semi-aquático natural da Austrália da região da Tazmânia. O único de sua família e também a unica espécie de seu grupo. Juntamente com as équidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos. A espécie de 40 cm de comprimento faz parte da família dos monotremados: a fêmea produz leite para alimentar os filhotes e são ovíparos. Sua pele é adaptada à vida na água e o macho possui um veneno comparável ao das serpentes.Foi descorberto que ele possui uma dieta similar aos dos peixes comendo pequenos invertebrados existentes nos rios, ele consume diariamente 1 quarto de seu peso, as vezes mergulhando várias vezes durante a noite em busca de alimento, chegando a levantar pedras do tamanho de melões.Ele nada com olhos, ouvidos e narinas fechados, guiando-se através de receptores sensoriais em seu bico para detectar os campos elétricos emitidos por suas presas.
Classificação científica

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Subclasse: Prototheria
Ordem: M
Família: Ornithorhynchidae
Género: Ornithorhynchus
Blumenbach, 1800
Espécie: O. anatinus
Nome binomial
Ornithorhynchus anatinus
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Ele é carnívoro e alimenta-se de insectos, vermes e crustáceos de água doce, tendo o corpo adaptado para uma vida aquática ou terrestre. Apesar de ser um mamífero, a diferença é que a femea não dá a luz às suas crias, põe ovos que são parcialmente chocados no interior do corpo. Possui ferrões em suas patas e quando acuado os utiliza causando uma dor insuportável. Outra diferença importante em relação aos mamíferos placentários é que as fêmeas deste animal não têm mamilos e as crias sugam o leite materno através dos poros existentes em meio a pelagem da barriga.como os marsupiais. Quan

do as crias dos ornitorrincos estão dentro de um ovo, possuem um dente na ponta do bico chamado dente do ovo. Este destina-se a perfurar a casca do ovo. Pouco tempo depois do nascimento este dente cai.Um ornitorrinco leva em média um ano para chegar a maturidade, tendo em média um tempo de vida de 15 anos. A reprodução se inicia por volta de seus 7 anos de idade,pois o macho não produz espermas até essa idade, e as fêmeas não estarem receptivas em todas as estações.Para que a reprodução possa ocorrer, os órgãos reprodutivos da fêmea e os do macho terão de aumentar de tamanho até que atinja a maturidade sexual o que deve ocorrer entre cinco e sete anos. Alcançam o seu tamanho máximo entre Julho e Agosto, altura em que a cópula ocorre. Durante todo esse tempo o corpo da fêmea adapta-se de modo a produzir o leite para as suas crias. Apesar de possuir glândulas mamárias o ornintorrinco fêmea não tem mamilos: o leite escorre através de poros na pele localizados numa covas do seu abdomen, o que permite a formação de poças de leite. Acredita-se que os jovens obtêm esse leite pressionando os poros, estimulando as glândulas mamárias para a sua produção.Quanto ao ritual de acasalamento,mas as criações em cativeiro,forneceram algumas pistas sobre o rito,se inicia com um processo natatório onde ambos se aproximaram até ocorrer o contato,onde na maioria das vezes a fêmea inicia a aproximação ao macho.Após esta demonstração de interesse por parte da fêmea, em copular, o macho agarrará então a cauda da fêmea com o seu bico, subindo parcialmente, a partir desta posição, para as suas costas de modo a obter uma posição apropriada para a cópula. A fêmea põe de 2 a 3 ovos de cada vez,medem entre 16 e 18mm altura e 14 e 15mm de largura,estes ovos são semelhantes aos dos répteis, pegajosos e com uma pele macia. Uma vez postos os ovos, a mãe incuba-os na sua toca (que tem aproximadamente 30 cm de largura e é feita com uma mistura de vegetação). Mas, ao contrário do Équidnas, o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los, processo que dura aproximadamente entre 10 a 12 dias, tendo como resultado o nascimento de um jovem ornitorrinco com cerca de 18 mm de comprimento. Os jovens nascem então na toca, alimentando-se do leite materno, durante aproximadamente 3 ou 4 meses. Quando saem da toca têm, então, já cerca de 80% do seu tamanho adulto e 60% do peso de um adulto. Após o abandonar da toca, continuarão ainda a alimentar-se do leite materno, até que o possam fazer sozinhos.

As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste,George Shaw, que produziu a primeira descrição do animal no naturalista do Genérico, em 1799 dizia que é impossível não se entreter dúvidas quanto à sua verdadeira natureza, e Robert Knox acredita que ele pode ter sido produzido por alguns Asiáticos taxidermist.Pensou-se que alguém tinha costurado um bico de pato sobre o corpo de um castor-como animal. Shaw nem sequer tomou uma tesoura para verificar se havia pontos na pele seca, tirou a conclusão de ser um embuste.
No ano de 2004, uma equipe de cientistas da Universidade Nacional da Austrália mostrou que as diferenças existem também ao nível genético: os ornitorrincos apresentam dez cromossomos sexuais, em vez dos dois (XY) dos mamíferos não monotremados. Ele é o representante atual de um ramo de mamíferos que se diversificou no Cretácico inferior, mas que não está relacionado com os mamíferos placentários. Assim, não se pode concluir que esta espécie se trata de um antecessor primitivo, porque é totalmente separada.
O nome em inglês, "Platypus", é uma palavra latina derivada do grego πλατύς ( "platys", plana, larga) e πους ( "pous", pé), significando "pé chato". Shaw atribuído-lo como um gênero Linnaean nome quando ele é descrito inicialmente, mas descobriu-se rapidamente que o termo já pertencia à madeira-boring Ambrosia escaravelho (gênero Platypus). Foi descrita como independente Ornithorhynchus paradoxal por Johann Blumenbach, em 1800 (a partir de uma amostra dada a ele por Sir Joseph Banks) e na sequência das regras de prioridade de nomenclatura que mais tarde foi reconhecido oficialmente como Ornithorhynchus anatinus. O nome científico é obtido a partir de Ornithorhynchus ορνιθόρυνχος ("ornithorhynkhos"), que literalmente significa "pássaro focinho", em grego, e "anatinus", que significa "igual a pato" em latim.
Não há qualquer acordo universal sobre o plural de "Platypus" no idioma Inglês. Cientistas geralmente usam "platypuses" ou simplesmente "Platypus". Coloquialmente, "platypi" também é utilizado para o plural, embora isto seja pseudo-latim; o grego plural seria "platypodes". Inicialmente os colonos britânicos chamaram-o por muitos nomes, tais como watermole, duckbill, e duckmole.
Estudos sobre o genoma do ornitorrinco, o estranho animal com pele, pêlos, bico de pato, rabo de castor e patas com membranas, apontaram que o animal tem semelhanças a nível genético tanto com os répteis, aves e mamíferos,Alguns dos 52 cromossomos, ligados às características sexuais, correspondem também a aves.Um estudo realizado com uma fêmea batizada de Glennie, o seu genoma foi comparado com genomas humanos,de cachorros, ratazanas, gambás e galinhas: o ornitorrinco compartilha 82% de seus genes. Este animal conta com 18,5 mil genes, dos quais dois terços também aparecem no homem. Se compararmos seu genoma ao de outros mamíferos "seremos capazes de estudar os genes que foram conservados durante a evolução", ele é "único", uma vez que manteve características de répteis e mamíferos, especificidade que a maioria das espécies perdeu ao longo da evolução.

Esqueleto de um ornitorrinco.
Grande parte do mundo conheceu o ornitorrinco em 1939, quando a National Geographic Magazine publicou um artigo sobre o ornitorrinco e os esforços de estudo e levantá-la em cativeiro.
Calcula-se que a linhagem do bicho tenha se separado da dos demais mamíferos há uns 170 milhões de anos, quando o reinado dos dinossauros na Terra tinha apenas começado.